“Simplesmente fantástica”, “fez história” e “grande estrela”. É assim que amantes do rodeio se lembram da égua Louca Paixão, que nasceu em Aparecida do Taboado, a 458 quilômetros da Capital, e atuava na modalidade Cutiano nas arenas de rodeio do Brasil todo. Ela morreu na sexta-feira (5) vítima de uma picada de cobra, em Água Boa (MT).
Louca Paixão viajou para o município de Mato Grosso para pular na final de um rodeio na cidade, mas foi encontrada com sinais de picada de cobra. A égua de 5 anos chegou a ser socorrida por veterinários, mas não resistiu.
Emocionado, o comentarista de rodeios Enrique Moraes relatou a história da égua em vídeo publicado nas redes sociais. A estreia dela nas arenas foi em 2022, na Festa do Peão de Paranapuã (SP) e “em menos de três anos fez uma história que em mais de 60 anos de rodeio de cavalos Cutiano não se tinha”, segundo Enrique.
“Não dava vontade de vir trabalhar”, desabafa o comentarista sobre os momentos após a morte da égua. Aos prantos, ele se lembrou do legado de Louca Paixão. “O que essa égua vinha fazendo no rodeio é diferenciado de tudo. Perdemos hoje o melhor animal que o rodeio já teve no Cutiano”.
Ainda de acordo com Enrique, a égua era avaliada em cerca de 3 milhões de reais. O proprietário dela, Nilson Cardoso, ainda reside na cidade de Aparecida do Taboado e se manifestou pelas redes sociais. “Infelizmente alguns planos não são como gostaríamos que fosse e devemos aceitar as decisões de Deus. Agradecemos a todos pelo carinho com a tropa e em especial à ela: Louca Paixão”, escreveu.
Na modalidade Cutiano, de rodeio em cavalos, o peão segura a rédea com uma das mãos e a outra não pode tocar em nada. As notas vão de 0 a 100 e o peão precisa resistir por oito segundos em cima do animal.
- CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS